Na atual conjuntura da economia digital, a constante busca pela inovação tecnológica, pelo crescimento e otimização operacional e de custos, apresenta níveis elevados de riscos cibernéticos. Isso significa que a inovação muito provavelmente introduz novas vulnerabilidades e complexidades no ecossistema da organização, que fica, consequentemente, mais suscetível a ataques cibernéticos.
O aumento evidente no número de ataques reafirma a inevitabilidade de violações de todos os tipos. Todas as organizações, independentemente do tamanho ou setor, estão expostas e correm riscos de serem vítimas de ciberataques. Estes, por sua vez, podem ser extremamente prejudiciais e têm custos tangíveis, tanto financeiramente quanto reputacionais.
O seguro cibernético é um produto projetado para ajudar as empresas a se resguardar contra as possíveis consequências advindas de ataques cibernéticos, que podem comprometer uma organização. A contratação de seguros cibernéticos se tornou uma medida eficiente de mitigação de risco, embora isso não signifique que isenta a companhia de sua responsabilidade digital, dado que o seguro em si não elimina o risco, mas resguarda a empresa de prejuízos financeiros e reputacionais em caso de incidentes.
Em síntese, as organizações devem compreender sua exposição a ameaças, a fim de definir processos para a aceitação e/ou transferência de risco.

Quais os benefícios de contratar um seguro cibernético?
O seguro cibernético complementa as medidas de segurança ativas da organização, fornecendo cobertura em três principais aspectos:
- Responsabilidade por perda ou violação de dados
- Resposta a incidentes, desde custos de remediação associados a investigações forenses a notificações
- Multas e penalidades regulamentares, bem como custos de resoluções.
No entanto, um seguro cibernético não fornece proteção contra riscos reputacionais (a seguradora não pode reparar os danos à marca), não elimina o risco (como qualquer seguro, fornece à organização a oportunidade de transferir o risco, mas não o remover), e não substitui os controles ou um programa de cibersegurança. Ou seja, é importante ressaltar que o seguro serve para resguardar a empresa, e ter uma maturidade em segurança é um dos pré-requisitos para a contratação.
Em última análise, o seguro cibernético serve como uma medida eficiente para mitigar os riscos que não podem ser abordados internamente, ou para, em parte, transferir os riscos. O seguro não substitui um programa robusto de segurança, isto é, as empresas devem primeiramente desenvolver programas maduros de cibersegurança e uma clara compreensão do custo de seus riscos cibernéticos. O seguro é um elemento importante de gerenciamento de risco, no que diz respeito à transferência de risco, que auxilia e traz grandes vantagens às organizações na gestão do risco cibernético, sob uma abordagem preventiva e holística de segurança.
Fonte: Deloitte.com e bcg.com