No complexo cenário da segurança cibernética, os testes de intrusão se tornaram uma obrigatoriedade para conformidade em diversos setores, como organizações de saúde, instituições financeiras, empresas que processam pagamentos, entidades de infraestrutura crítica; de fato, em alguns casos, a realização de testes de intrusão é exigida por lei.
Mesmo as organizações que possam eventualmente ter a ideia de que não têm informações valiosas para proteger, correm o risco iminente de alguém tentar invadir a rede, instalar malware, interromper os serviços, e muito mais. Com tantas ameaças, a segurança digital precisa ir além de apenas realizar pentests com frequência. Não importa o quão avançada e bem-feita é a segurança cibernética de uma organização, uma perspectiva de fora é extremamente benéfica.
Quando se trata de realizar avaliações e testar a segurança digital, é comum que as empresas busquem primeiramente a pentests. Faz parte da maneira tradicional de abordar a segurança cibernética, de testar o ambiente digital das empresas. A má notícia é que, diante do cenário de crescentes ameaças, esse tipo de abordagem já não é mais suficiente. Então, qual seria a melhor solução? Já sabemos que não existe uma bala-de-prata, portanto é preciso enfrentar os desafios do nosso mundo digital de maneira holística, envolvendo pessoas, processos e tecnologias.
Os pentests normalmente testam a eficácia do gerenciamento de vulnerabilidades da organização e seus controles de segurança dentro de um escopo definido. São usados para verificar se redes, ativos digitais, plataformas, hardware ou aplicações são vulneráveis a um atacante. Porém, os pentests não têm como foco testar a capacidade das equipes de segurança de detectar e responder a incidentes.
A disparidade de informações entre os atacantes e os defensores é a principal razão pela qual as empresas têm dificuldade em se defender. Diferentemente de pentests, o Red Team Assessment (RTA) vai muito além de testar os controles de TI de uma companhia. Através de um RTA, é possível realizar uma análise abrangente dos pontos fracos para fornecer à equipe de segurança interna da companhia, com recomendações das respectivas contramedidas necessárias, a fim de obter uma prontidão, ou preparedness, para que estejam sempre um passo à frente dos cibercriminosos, assegurando assim a integridade da segurança da organização.
O RTA testa a organização tendo como base um cenário real de ataque, é uma simulação que utiliza as mesmas armas que um cibercriminoso usaria. Assim, não apenas evidencia as vulnerabilidades encontradas, como também revela a capacidade da companhia de detectar e gerenciar ameaças, sejam elas por meio de engenharia social, evasão de software de proteção, movimentação lateral através das redes, dentre muitos outros ataques, dependendo da complexidade do ambiente digital.

O objetivo central de um pentest é testar os sistemas e redes de uma organização, em busca de falhas conhecidas e determinar se elas podem ser exploradas. Já o RTA, além de testar todo o ambiente digital, ele revela a postura de segurança da organização, o nível de proteção e a capacidade de detecção e resposta diante de um incidente cibernético. O RTA testa a resiliência da organização, expondo as falhas reais presentes que precisam ser corrigidas, baseado em segurança ofensiva, isto é, ataques simulados e sem restrições, assim como uma invasão de um atacante real seria.