O PIX é o novo meio de pagamento instantâneos, criado pelo Banco Central do Brasil, que surgiu para agilizar e facilitar transferência de valores e pagamentos. O usuário poderá enviar dinheiro quase que instantaneamente, a qualquer hora do dia, todos os dias do ano, usando apenas um dispositivo com acesso à internet sem a necessidade de usar tokens, cartões ou mesmo senhas, o sistema também não cobra taxas do usuário.
O Banco Central afirma que é um meio de pagamento tão seguro quanto os outros, pois os dados trafegam na mesma rede por onde trafegam dados de todos os outros meios de pagamento eletrônicos do sistema bancário brasileiro de forma criptografada, e essa rede nunca sofreu um ataque cibernético bem-sucedido. Hoje, para realizar uma transferência, o usuário precisa de dados pessoais como número da conta, da agência e CPF. Agora, com a chegada do novo sistema, basta fornecer uma chave PIX, que pode ser o número de celular do usuário, número do CPF ou CNPJ, endereço de e-mail e até uma chave aleatória, com letras e números.
Ao enviar ou receber dinheiro, o usuário poderá utilizar as chaves cadastradas ou, então, um QR code fixo ou dinâmico, que poderá ser lido com a câmera do celular nos diversos aplicativos que usarão o sistema. O PIX entra em vigor a partir de novembro, mas o processo de cadastramento junto às instituições financeiras teve início em outubro. Cada chave PIX é de uso único, ou seja, pode ser conectada a uma conta só e é possível criar até 5 chaves diferentes para a mesma conta.
Com a chegada do PIX basta apenas o número de celular cadastrado para realizar a transações.
Assim como qualquer outra transação digital, o PIX também tem seus riscos. Desde o início da quarentena, para conter a pandemia do coronavírus, as atividades online foram intensificadas, consequentemente houve um aumento significativo de golpes cibernéticos no mundo todo. No caso do PIX, podemos esperar uma conjuntura similar. O novo sistema vai agilizar transações e ao mesmo tempo mudar certos processos físicos tradicionais para virtuais.

Entre os principais perigos advindos do PIX estão: roubo de credenciais, golpes utilizando QR Codes e invasão de dispositivos. O PIX em si pode ser considerado seguro, mas golpistas podem agir enviando links maliciosos para realização de cadastro, roubando dados de usuários e possivelmente dinheiro. Para evitar esse tipo de ameaça a regra básica é: não compartilhar dados pessoais por canais que não sejam de instituições financeiras oficiais, não compartilhar dados com terceiros, e sempre verificar a procedência de mensagens para não clicar em links fraudulentos.
Fato é que as instituições financeiras terão mais um sistema de pagamento para se preocupar, ou seja, mais brechas para reparar, mais medidas preventivas, mais controle operacional para evitar fraudes. Para o usuário final, a princípio a maior preocupação deverá ser de manter seus dados e informações sigilosas bem protegidos, desconfiar de mensagens envolvendo o PIX, tomar cuidado com sites falsos etc. Mas, sabemos que os cibercriminosos são criativos, o crime evolui assim como as ferramentas tecnológicas, portanto não podemos afirmar com certeza como a nova modalidade de pagamento irá impactar nosso dia a dia em termos de segurança, mas sabemos que o elo mais fraco é sempre o usuário final.