Para abordar ameaças crescentes, empresas devem priorizar segurança cibernética desde seu cerne.
Governança corporativa é o sistema pelo qual as organizações são dirigidas e monitoradas, englobando os relacionamentos entre proprietários, cooperados, conselhos de administração, diretoria e órgãos de controle.
As boas práticas de governança corporativa convertem princípios em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor da empresa ou organização, facilitando seu desenvolvimento e contribuindo para a continuidade de seus negócios. É um conceito com um viés teórico, mas que deve criar insights com valores práticos para o negócio, que permitam a avaliação do seu desempenho pelas pessoas que investem nele.
A implementação da governança corporativa deve ser um processo profissional, em que as empresas pensem em seus sócios e acionistas, no ambiente em que estão inseridas, cientes de que suas decisões e atuação causarão uma ação em cadeia. Essas decisões devem sempre estar baseadas em honestidade e ética, que formam os princípios básicos a serem seguidos, além de transparência e conformidade com padrões regulatórios de mercado.
Governança da segurança da informação como diferencial competitivo.
Independentemente da questão legal, regulatória ou contratual, a governança de segurança da informação torna-se cada vez mais importante dentro das organizações. Os princípios da governança em segurança da informação são:
- Estabelecer regras que permitam atingir um nível de maturidade em segurança digital da melhor maneira possível.
- Estabelecer a segurança da informação envolve primeiramente a alta direção. Quando o board emana o direcionamento para melhora da postura de segurança, todos percebem que a organização está voltada a estabelecer um processo de segurança amplos, que atinjam todas as áreas de negócio.
A segurança da informação é um aliado para que a empresa atinja seus objetivos. Para que isso aconteça, é preciso fazer uma análise de riscos e identificar tudo aquilo que realmente impacta o negócio. Cada área e departamento tem os seus riscos inerentes. Quanto mais pessoal envolvido (TI, RH, Jurídico, controles internos), mais fácil o entendimento do que é risco, ameaça ou vulnerabilidade.
A interação entre as diversas áreas faz com que as pessoas tenham maior e melhor conhecimento da própria organização em que trabalham e a alta direção ser consciente que a segurança viabiliza a continuidade e alavanca a produtividade dos negócios.
De fato, é preciso condicionar todas as equipes a agir de maneira segura naturalmente, criando uma “cultura de segurança”. A segurança da informação não está relacionada somente à tecnologia, é um processo que tem início, mas não tem fim, deve ser trabalhado de forma contínua porque as ameaças mudam, a tecnologia avança, a empresa em si muda.
Diferencial competitivo como requisito contratual
Encarar a segurança da informação como um requisito contratual, como algo reativo e não inerente ao negócio, é desvantajoso para todos os mercados e gera um ciclo vicioso, de resolução pontual de problemas eventuais.
Uma empresa que percebe a segurança digital como valor, com uma visão estratégica de negócio, ganha vantagem competitiva. A gestão de segurança digital como cultura, intrínseca na empresa, gera resultado. Isso significa lucro, recurso para que a empresa se mantenha competitiva.
O diferencial competitivo perante o mercado significa ser referência por reputação. A informação é um dos ativos mais valiosos dentro de uma empresa, por isso a imagem e reputação da empresa está ligada à como ela trata os dados de terceiros, e aos próprios dados que são ativos e geram valor.