Brasil está entre os países mais predispostos a sofrer ataques cibernéticos
Segundo estudo realizado pela IBM, o custo médio de vazamentos de dados no Brasil é de R$1,24 milhão para os negócios. Apesar da mesma pesquisa indicar que o Brasil tem o menor índice entre as regiões estudadas, também foi visto que o país é o mais predisposto a sofrer ataques de segurança. O risco é de 43% de uma empresa ser atacada, segundo pesquisadores. É um número evidentemente muito acima de países que já possuem uma cultura de segurança digital, como a Alemanha (14%) e Austrália (17%).
A média mundial de perda estimada pela pesquisa para lidar com problemas de segurança digital é de US$ 38 milhões. O montante traz à luz um problema que até pouco tempo era assunto apenas na área de TI e, hoje, já faz parte das agendas de reuniões de board e alta direção. Anteriormente as empresas não levavam em conta os custos com vazamento de dados, mas a convergência acontece principalmente durante fusões e aquisições quando estes incidentes são considerados. É importante averiguar o passado de uma companhia para saber o seu impacto no futuro.
Um caso muito conhecido é o da Yahoo, que foi adquirida pela Verizon em 2016, e apenas um mês após o acordo foi exposto um grande vazamento de dados da Yahoo, consequência de um ataque realizado em 2013. Quem teve de arcar com os custos da multa e redução de valor da Yahoo, foi a Verizon.
Um relatório feito pelo Gartner mostra que já há uma tendência global de adicionar temas de segurança cibernética na negociação. Ainda assim, menos de 10% das empresas avaliam o fator segurança na hora da negociação, mas espera-se que esse número atinja 60% até 2022.
Os ativos de informações (dados) de uma empresa são parte fundamental de toda a estratégia corporativa e, em conjunto com a propriedade intelectual, dados de clientes, planejamento estratégico e conhecimento do cenário competitivo, formam o verdadeiro valor da organização.